Cheguei ao Rei e Rainha do Mar - Rio de Janeiro - Etapa Copacabana. Esta foi uma etapa planejada com a aquisição da roupa e teste dela em 3 treinos. Desde o início quando comecei a pesquisar sobre a natação em águas abertas, sempre observei o evento como um dos maiores do Brasil e logo ele se tornou um dos meus objetivos. Na verdade minha intenção para este ano de 2013 era participar da Travessia dos Fortes, para mim, a principal travessia no Rio de Janeiro, porém esta não se realizou este ano. Logo busquei uma alternativa que foi esta etapa do Rei e Rainha do Mar. Este ano já havia nadado 5km na Travessia Marina Park em Fortaleza, então senti-me preparado para encarar a etapa Rei e Rainha do Mar na versão Challenge - 4 km.
A prova foi no sábado. Eu e prof. Clayton chegamos ao Rio e fizemos um treino na sexta no local onde o Luiz Lima (Rei do Mar) treina seu gladiadores. Ainda encontramos com Pedro Monteiro - Organizador do evento. No treino nadei sem a roupa. Entrei no mar, senti o frio e encarei. Haviam bóias e eu dei duas voltas curtas. Treino bom. O frio é algo que a gente sente assim qu entra mas logo o corpo acostuma. Serviu pra dismistificar o frio que era o meu maior temor apesar da roupa. Depois do treino fomos passear no forte de Copacabana.
No dia do evento cheguei cedo. Estacionamento difícil. Quando cheguei já estava largando o pessoal dos 2km. Encontrei o amigo Kal Aragão que já estava de saída. Vesti a roupa na areia mesmo e entrei na área restrita ao participantes. Impressionado com a estrutura e organização do evento. O tempo todo o staff direcionando e organizando o evento. Notei a extrema preocupação com a limpeza da praia com vários staffs coletando lixo.
Foi legal escutar a voz do Luis Lima dando o briefing do evento. De repente você escuta aquela voz que você está acostumado a ouvir só internet, só que ao vivo, era ele alí.
Partiu! Fiquei mais pra trás propositalmente. Queria ver aquela massa de gente entrando no mar. Nas primeiras braçadas senti o frio. Mãos, pés e rosto dormentes. A roupa funcionou muito bem para o corpo. Logo vem o pensamento: "Não vou aguentar este frio durante toda prova". Com o tempo o corpo se adapta e o frio passa a ser um conforto. A temperatura da água estava 20° e o dia estava ensolarado.
A primeira volta foi tranquila. Mantive o ritmo. Acostumado às travessia em Fortaleza que, em geral não tem bóias ao longo do caminho, encontrei várias bóias e ainda staff ao longo do caminho em pranchas. Então o legal é que você vai de bóia em bóia. Concentra na próxima bóia e vai... Meu receio era a tal voltinha de corrida que a gente teria que dar na primeira volta. Fui seguindo a galera e cheguei à praia. Sempre quando você está nadando, chega à praia e se coloca na posição ereta, sente o "baque". É aquela tontura normal quando o sangue está nos membros superiores e, de repente, desce par os inferiores. "Segura a onda!" Passei esse caminho na areia meio tonto. Vi meus filhos e minha esposa (tem uma foto), mas na verdade estava procurando o gatorade, que sabia que estaria lá. Tomei dois copos muito rápido e entrei no mar de novo. Sabia que o Gatorade ia me dar mais energia.
Na segunda volta tentei manter um ritmo mais forte. Sempre desenvolvo melhor da metade para o fim das provas. Neste dia haviam algumas grandes espumas no mar. Na primeira volta consegui desviar mas na segunda tive que atravessar uma grande espuma com forte cheiro de sal e óleo.
Nos últimos metros, como sempre, dei meu máximo e ao chegar à areia correndo tive aquela sensação "orgasmática" de terminar mais uma prova. Não foi uma prova qualquer, foi o Re i e Rainha do Mar. Lembro-me de quando comecei em águas abertas, há 2 anos, e da minha primeira travessia - 600mt. . É muito bom sentir a evolução e agora é o próximo passo é uma prova de 8km.
Saiu uma matéria no Blog Manobra Radical do Jornal Diário do Nordeste - AQUI
Largou |
volta 2km |
Chegada final - 4km |