sábado, 19 de maio de 2012

pipoca - duatlon aquático

Depois de quase duas semanas sem dar uma braçada sequer, me recuperando de uma forte gripe, hoje fui nadar no aterro da praia de Iracema como faço todos os sábados e me deparei com um evento rolando no local. Tratava-se do Duatlon, competição na qual os atletas nadam e correm. Quando cheguei na areia o evento estava começando e alguns atletas já estavam caindo na água. Encontrei o prof. Clayton, responsável pela arbitragem de natação do evento, que me incentivou a fazer o percurso e me deu um rápido briefing. Era um percurso triangular e tinha distância total de 1.000m. Não pensei duas vezes e caí na água mesmo não estando inscrito no evento. Esse tipo de participação não oficial é chamada de "pipoca" e eis a minha primeira.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Maratona aquática de Fortaleza - Vídeo

sábado, 5 de maio de 2012

4ª Travessia de Fortaleza 2012 - Essa foi na raça!

Hoje nadei a 4ª Travessia de Fortaleza na categoria 3km e foi, até o momento, a mais difícil de todas. O mar estava "de almirante".  A etapa anterior e esta, teoricamente, foram ambas 3km, porém esta pareceu ter uma distância maior do que a anterior tornando-a mais difícil para mim. Além da distância, enfrentei outros problemas como câimbras, que nunca havia sentido antes e uma dor no ombro esquerdo que também é novidade.

Primeiro gostaria de deixar registrado aqui a excelente organização do evento feito pela K1 sports. Na maioria das travessias, quando chego, tenho que encarar aquela longa fila de marcação e hoje tive uma surpresa. Quando cheguei tinham somente três pessoas na minha frente e ainda ganhei um Red Bull e uma touca Speedo enquanto esperava. Show! A arbitragem conduzida pelo Maestro / Professor Clayton Rodrigues proporcionou briefing perfeito e cuidado impecável durante toda a prova.

A travessia foi um circuito de três bóias que somam 1,5km, então meu objetivo era dar duas voltas. Como já falei aqui, para mim, as etapas de uma maratona aquática, ou de qualquer nado de longa distância, se repetem. Primeiro é aquela fase de cansaço extremo que dá vontade de desistir. É como se fossem duas vozes em sua cabeça, uma mandando desistir e outra mandando seguir em frente. Isto se passou na primeira volta,  até a segunda bóia. O problema dessas travessias em circuito (voltas) é que ao final da primeira volta você fica tentado a parar alí. Rola uma voz na sua cabeça: "Tá de bom tamanho, vamos parar por aqui...".

Quando terminei a primeira volta estava bem e a fase do cansaço havia passado. Circulei a segunda bóia e comecei a sentir uma leve dor no ombro esquerdo (que dá o apoio da respiração - lado direito). Também da segunda para a terceira bóia senti um sinal de câimbra nas panturrilhas. Fui "gerenciando" estes estados e quando estava próximo da chegada resolvi dar um "sprint". Consegui passar dois nadadores e de repente senti fortes câimbras. Os dois que havia passado me passaram.

Cheguei ao final nadando peito esperando as câimbras passarem, mas muito feliz de ter completado mais uma de 3km. Como também já disse aqui antes, cada travessia me ensina uma coisa nova e desta tirei muitos ensinamentos para a natação e para a vida. Valeu e até a próxima em Agosto.

Chegando

red bull te dá asas...

Com prof. Clayton

Excelente estrutura

prof. Clayton passando o briefing

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Leonardo chegando atrasado



Tudo pronto, vai largar...

Cardume na água

Leonardo chegando

chegando com câimbras



Valeu Leo, mais uma pro currículo!





quinta-feira, 5 de abril de 2012

O crescimento do esporte - natação em águas abertas

Boa matéria do Jornal O Globo sobre o crescimento do esporte - natação em águas abertas que o classifica como "a nova febre" no Rio de Janeiro.

No transe das braçadas

Com o passar do tempo, conforme estou adquirindo mais resistência e consigo ir mais longe nadando, percebo que a questão da distância deixa de ser o principal obstáculo e nadar longas distâncias passa a ser uma questão de quanto tempo você consegue permanecer nadando. Isto, é claro, é minha percepção de quem não nada para chegar em primeiro e sim busca nadar mais longe.

Consigo identificar três fases bem distintas nos meus nados:
A primeira é a empolgação. Por mais que seja um treino comum (não competição), sempre dá um frio na barriga antes de cair no mar e quando entro e finalmente estou dando as primeiras braçadas vem aquele prazer imediato e a sensação de liberdade que nadar no mar proporciona.

A segunda fase vem após, aproximadamente, uns 500 ou 600 metros quando o corpo começa a dar sinais de cansaço físico. Os braços ficam pesados e a respiração fica mais difícil. Esta dificuldade vai aumentando gradualmente até chegar um nível que o corpo é tomado pelo cansaço, a respiração fica curta e começa aquela conversa em sua mente entre dois lados, um querendo desistir e outro querendo continuar. Depois de muita negociação entre estas duas partes e com muita persistência consigo romper a barreira invisível do cansaço.

Aí começa a terceira e melhor fase quando embarco num espécie de transe, como se meu corpo continuasse aquele movimento sozinho, como em "piloto automático", a mente fica limpa, não há mais a conversa interna e o pensamento fica só na contagem de braçadas. A sensação é como se pudesse continuar nadando pra sempre naquele estado.

Desta forma começo a entender como alguns nadadores conseguem realizar travessias de 20, 30 ou 40 km.