segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Nadando entre as lanchas de Tamandaré

Neste final de ano fui passar o reveillon em Tamandaré-PE - Uma praia de águas cristalinas e sem ondas que fica a uns 100 km de Recife. Como bom nadador levei na mala óculos e touca esperando que lá houvesse a chance de dar umas braçadas. A praia de Tamandaré é protegida por recifes de corais o que a torna em uma grande piscina natural.

águas calmas e cristalinas de Tamandaré

A faixa entre a areia e os corais é perfeita para nadar com profundidade que não passa de 2m na maré alta e na maré baixa é possível ir andando até os corais. O problema é que a praia é playground de lanchas e jet skis que passam o dia circulando perigosamente bem perto dos banhistas. Algumas pessoas já haviam me alertado sobre o problema. Até onde sei, tais embarcações só podem circular a uma distância mínima de 200m da areia o que não era respeitado.

Embarcações a menos de 200m da costa - Perigo para banhistas

Conversei com alguns locais que me disseram que bem cedo pela manhã não havia nenhum movimento e que daria perfeitamente para nadar e que algumas pessoas praticavam a natação no mar neste horário. Acordei cedo e fui para a praia com grande expectativa. Chegando lá constatei que realmente não havia movimento algum de embarcações e tudo estava bem tranquilo porém não havia ninguém no mar. Entrei uns 100m, escolhi um ponto de visualização e parti nadando ao longo da praia. O tempo todo nadei vendo o fundo de areia e corais que foi uma experiência maravilhosa e nova pra mim, pois como já falei, o fundo é raso e a água cristalina. Nadei até a ponta da enseada o que deu uns 1000m.


A experiência foi ótima e repeti no dia seguinte. No terceiro dia, após aproximadamente uns 10 minutos de braçadas escutei e um barulho como um "zunido" que começou baixinho e foi aumentando até eu sentir uma forte ondulação me abater. Quando levantei a cabeça vi uma lancha de aproximadamente 20 pés que acabara de passar a uns 3 ou 4 metros de mim em alta velocidade. Tudo aconteceu muito rápido e o susto foi grande. Fui nadado em direção à praia e pensei sobre o acontecido. Minhas aventuras no mar (e neste mundo) poderiam ter acabado alí mesmo. Será que a lancha me viu? Pode ter me visto e desviou ou talvez nem me viu. Tive muita sorte e aprendi a lição: Não nadarás nem perto de áreas onde circulam embarcações!

2 comentários:

  1. Olá Renato Lima! Lembro-me bem que quando vc me falou que iria p Tamandaré-PE, eu falei que conhecia e tal (inclusive uma das pessoas na qual vc se refere na sua postagem deve ser eu), enfim tudo que você viveu eu te falei, inclusive pedi p vc usar uma touca de cor chamativa, lembra?!, a questão da água cristalina, não se apresentou na época do ano em que estive ali. Mas é isso aí, continue nadando no mar, não fique com medo devido a esse "fino" que vc levou da lancha, na próxima vez assim que vc ouvir um "zunido" no mar, pare de nadar e procure a embarcação e saia da rota dela, pois o piloto da embarcação pode não te ver, e tb muitas vezes estão embreagados. Fica na paz...

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  2. Professor Clayton, você realmente me alertou e lhe agradeço muito pelas dicas que você sempre me dá. Tentei tomar precauções mas o erro desta vez foi simplesmente ter entrado no mar. O "zunido" que falei foi tão rápido que quando vi, já tinha passado. Valeu!

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