E chegou o grande dia no qual eu vou nadar 5km. É como uma passagem de faixa nas artes marciais, aquele dia que você evolui no esporte e o frio na barriga é maior do que numa prova comum. Fora os treinos normais com o Clube águas abertas, eu estava fazendo
treinos todos os sábados com alguns amigos onde fazíamos o percurso de 3.2 km da Travessia Marina Park. Estes treinos serviram muito bem pra "pegar a manha do percurso". Por exemplo, na reta final da travessia há uma corrente que dificulta a chegada. Outro ponto que pude corrigir foi o percurso ao longo do espigão do Marina pois a corrente lhe leva para fora e você tem que se manter próximo ao espigão. Enfim, os treinos foram fundamentais para uma melhor performance, mas em nenhum deles eu nadei 5km.
O local de largada da prova foi ao lado do recém construído espigão do Náutico e havia um número bom de participantes. Pensei que, em ser uma prova de 5km, o número seria bem reduzido mas me surpreendeu. Participaram da prova Marina e Edval, dois companheiros que também participaram dos treinos de sábado. Não haviam bóias e os pontos de referência eram os espigões. Largamos e fomos até a ponta do espigão do Náutico onde haviam um bote motorizado onde deveríamos contornar com o ombro esquerdo. Pronto, a partir daí era mar aberto e cada um por si. Logo o grupo se dispersou. O próximo ponto de referência era o espigão do Boteco, porém eu não deveria passar muito perto dele pois o ideal era já manter a rota para o espigão grande, o nosso Cabo Horn do qual já falei aqui. Nem vi o espigão do Boteco passar e quando me dei conta já estava a meio caminho do grande. Como sempre acontece comigo, abro muito o percurso para o lado direito nas provas e quando cheguei ao espigão grande estava muito lá fora. Um dos salva vidas que acompanham a prova me chamou atenção pra isso e logo tratei de corrigir, mas este erro de rota certamente me tirou muito tempo e energia. Após o espigão grande temos dois pontos de referência: as duas pontes. Quando eu estava perto da segunda ponte me dei conta que estava completamente sem energia e as braçadas estavam num ritmo muito lento e pesadas. Foi aqui que usei uma dica da amiga Mônica Menescal. Ela participou dos treinos de sábado e sempre levava consigo aqueles sachês de mel de abelha. Segundo ela, eles eram o combustível que faltava do meio pro final das provas. Acatei a dica da Mônica já sabendo que esta prova seria muito longa. Estes benditos sachês foram a minha salvação pois imediatamente após toma-los senti a energia voltando e a força nos braços. Na chegada apliquei o macete que aprendi nos treinos e cheguei ao final dos 5km, aí foi só felicidade, comemorar com os amigos e família mais um desafio vencido. Que venham os 8km agora!
|
Mais um cartaz de minha autoria |
|
Da direita para a esquerda - após a largada espigão do Boteco, espigão grande (Cabo Horn), as duas pontes e espigão do Marina Park. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar, logo o seu comentário será publicado.