A travessia é realizada no mês de Julho com somente 800 vagas que são preenchidas meses antes do evento. Os participantes partem de um barco que os leva para um local ao lado da ilha de onde partem em direção ao parque aquático de San Francisco, que inclusive é um local que os nadadores da cidade utilizam para treinar (veja os vídeos). Todo o percurso tem 1,5 milhas (3.2 km) e a temperatura da água fica em torno dos 15 graus. O evento faz parte da série Sharkfest que promove eventos de natação em águas abertas em todo o Estados Unidos. Os gringos são tão organizados que você pode comprar, pelo site, o pacote com hospedagem, taxa de inscrição e até o translado até o evento. Quem se candidata?
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Travessia - Fuga de Alcatraz
Todo mundo já ouviu falar sobre a fuga de Alcatraz, que até já virou filme com Clint Eastwood. Alcatraz é uma ilha/prisão americana localizada na baía San Francisco que na época era conhecida como a prisão mais segura do mundo, até que um grupo de prisioneiros conseguiu a fuga em 1962. Os fugitivos nunca foram encontrados mas todo ano é realizada uma grande travessia fazendo o que seria o suposto percurso feito por eles.
A travessia é realizada no mês de Julho com somente 800 vagas que são preenchidas meses antes do evento. Os participantes partem de um barco que os leva para um local ao lado da ilha de onde partem em direção ao parque aquático de San Francisco, que inclusive é um local que os nadadores da cidade utilizam para treinar (veja os vídeos). Todo o percurso tem 1,5 milhas (3.2 km) e a temperatura da água fica em torno dos 15 graus. O evento faz parte da série Sharkfest que promove eventos de natação em águas abertas em todo o Estados Unidos. Os gringos são tão organizados que você pode comprar, pelo site, o pacote com hospedagem, taxa de inscrição e até o translado até o evento. Quem se candidata?
A travessia é realizada no mês de Julho com somente 800 vagas que são preenchidas meses antes do evento. Os participantes partem de um barco que os leva para um local ao lado da ilha de onde partem em direção ao parque aquático de San Francisco, que inclusive é um local que os nadadores da cidade utilizam para treinar (veja os vídeos). Todo o percurso tem 1,5 milhas (3.2 km) e a temperatura da água fica em torno dos 15 graus. O evento faz parte da série Sharkfest que promove eventos de natação em águas abertas em todo o Estados Unidos. Os gringos são tão organizados que você pode comprar, pelo site, o pacote com hospedagem, taxa de inscrição e até o translado até o evento. Quem se candidata?
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Balneabilidade das praias de Fortaleza
Balneabilidade é a capacidade que um local tem de possibilitar o banho e atividades esportivas em suas águas, ou seja, é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário.
Fonte: Wikipedia
A SEMACE mantém esse mapa atualizado semanalmente com as condições de banho dos principais pontos da orla de Fortaleza. Para quem pratica a natação em águas abertas, é bom conferir antes de cair no mar. As pessoas em geral acham que as praias da Av. Beira Mar e Praia de Iracema são impróprias para o banhos, mas como o mapa mostra, isto não é a realidade. Para ver mais detalhes e dicas clique AQUI.
Visualizar Balneabilidade das praias de Fortaleza em um mapa maior
Fonte: Wikipedia
A SEMACE mantém esse mapa atualizado semanalmente com as condições de banho dos principais pontos da orla de Fortaleza. Para quem pratica a natação em águas abertas, é bom conferir antes de cair no mar. As pessoas em geral acham que as praias da Av. Beira Mar e Praia de Iracema são impróprias para o banhos, mas como o mapa mostra, isto não é a realidade. Para ver mais detalhes e dicas clique AQUI.
Visualizar Balneabilidade das praias de Fortaleza em um mapa maior
II Travessia Dragão do Mar
Na minha segunda travessia, apesar da pouca distância que percorri (1km), já foi uma evolução em comparação a minha primeira (600m) e já me sinto mais fazendo parte desta tribo das águas abertas. Na largada saí tranquilo tentando não cometer o erro da travessia passada e evitando o contato físico com outros participantes o que é inevitável. Tentei manter meu ritmo ao longo da prova e quando estava próximo à chegada, notando que estava bem de fôlego, aumentei o ritmo um pouco.
Esta travessia não contou com muitos atletas devido à uma corrida que foi realizada no mesmo dia, mas mesmo assim tudo correu bem e foi um ótimo evento para encontrar amigos e conhecer outros. Encontrei com a Helga com quem nadei junto no percurso Torres, conheci pessoalmente o Fábio, que treina na Unifor e já tinha deixado uns comentários aqui no blog e também conheci o Marcelo Augusto professor de natação da Unifor. É claro, estavam lá o companheiro de sempre Leonardo Arruda e o mestre, homem do mar, Clayton Rodrigues.
Queria deixar aqui meu depoimento e admiração por esse cara - Clayton Rodrigues que apesar de todas as dificuldades, dá o sangue e faz o esporte acontecer aqui no Ceará. Ele, além de proporcionar estes momentos de alegria, é um grande incentivador de todos nós. Valeu Clayton! Sei não, esta é só minha segunda travessia, mas estou achando que na próxima já dá pra encarar os 3km!
Esta travessia não contou com muitos atletas devido à uma corrida que foi realizada no mesmo dia, mas mesmo assim tudo correu bem e foi um ótimo evento para encontrar amigos e conhecer outros. Encontrei com a Helga com quem nadei junto no percurso Torres, conheci pessoalmente o Fábio, que treina na Unifor e já tinha deixado uns comentários aqui no blog e também conheci o Marcelo Augusto professor de natação da Unifor. É claro, estavam lá o companheiro de sempre Leonardo Arruda e o mestre, homem do mar, Clayton Rodrigues.
Queria deixar aqui meu depoimento e admiração por esse cara - Clayton Rodrigues que apesar de todas as dificuldades, dá o sangue e faz o esporte acontecer aqui no Ceará. Ele, além de proporcionar estes momentos de alegria, é um grande incentivador de todos nós. Valeu Clayton! Sei não, esta é só minha segunda travessia, mas estou achando que na próxima já dá pra encarar os 3km!
Esse aí foi o percurso. |
Marcação |
Essa é a praia do Clube Ideal de onde largamos. |
Alongando e batendo um papo tentado controlar a adrenalina |
Conheci o professor Marcelo da Unifor |
Clayton passando o briefing |
Preparando para a largada. |
Leonardo Arruda recebendo sua medalha. |
Comemorando com a família. |
Leonardo, Helga e Eu. Valeu e até a próxima! |
sábado, 10 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Travessia Dragão do Mar - Minha segunda
A Travessia Dragão do Mar será neste domingo, dia 11 e a adrenalina já começa a pulsar nas veias. Na minha primeira maratona aquática - Travessia de Iracema, realizada este ano em Outubro, cometi um erro que acredito tenha sido básico e típico de iniciantes. Após o tiro de largada, com a adrenalina a mil, saí muito rápido tentando acompanhar o pessoal que disparava na frente. Como eu já disse aqui, meu objetivo neste maravilhoso esporte não é a competição, é somente participar e finalizar as provas. Nos meus treinos, nunca me preocupo com a velocidade e nem fico de olho no relógio. Meu foco sempre está em manter um ritmo e aumentar resistência e distância que nado, e mesmo assim, não faço isso com muito esforço. Não sou atleta profissional e nem é este meu objetivo. Tento sempre me lembrar que a natação, para mim, é prazer e este é o principal motivo pelo qual estou aqui.
Voltando ao assunto da primeira travessia, então o que aconteceu foi que tentei fazer algo que não treinava - a velocidade. Final das contas, na metade da prova, que era somente 600m, eu já estava exausto e sem fôlego devido ao "tiro" que dei logo na saída. Em minha simples análise, Pura empolgação e falta de experiência. Vou para a segunda travessia com esta lição na bagagem e certamente aprenderei outra(s) neste Domingo. Boa sorte para todos!
Voltando ao assunto da primeira travessia, então o que aconteceu foi que tentei fazer algo que não treinava - a velocidade. Final das contas, na metade da prova, que era somente 600m, eu já estava exausto e sem fôlego devido ao "tiro" que dei logo na saída. Em minha simples análise, Pura empolgação e falta de experiência. Vou para a segunda travessia com esta lição na bagagem e certamente aprenderei outra(s) neste Domingo. Boa sorte para todos!
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Percurso Torres
Ontem foi um dia especial. O amigo e mestre do mar, Clayton Rodrigues, presenteou a mim e mais 3 nadadores do mar com um passeio no percurso chamado "Torres" na praia do náutico aqui em Fortaleza. O percurso é chamado assim por oferecer uma vista única de um certo ponto que, no meio de todo aquele paredão de prédios da orla de Fortaleza, se visualiza uma "brecha" que mostra as torres de nossa catedral.
Este ponto encontra-se a 1 km de distância da praia e já é bem conhecido pelo grupo MMM - Meninos e Meninas do Mar, o mais tradicional da cidade e que depois merece um post aqui somente sobre eles.
Chegamos na praia às 6hs da manhã, fizemos um breve alongamento e caímos no mar. Apesar do mar bem liso, enfrentei um pouco de dificuldade por fazer um caminho que não estou acostumado - nadar contra às ondas, mar adentro. Sempre nado ao longo da costa - paralelo às ondas. No mar é assim, nunca um dia é igual ao outro. Depois de algumas ondas na cara, chegamos ao ponto certo onde ficamos batendo papo por um tempo e onde Clayton tirou estas fotos com seu celular a prova dágua.
A volta foi mais tranquila, pelo menos pra mim. Quando você nada em direção à praia, as ondas lhe ajudam e até dá pra pegar uns "jacarés" e deslizar sem fazer muito esforço. Obrigado Clayton pelo presente, obrigado ao companheiro de sempre Leonardo Arruda, Helga e Victor. Nadar no mar é isso aí - aventura, natureza, prazer e superação. Vamos marcar a próxima!
Este ponto encontra-se a 1 km de distância da praia e já é bem conhecido pelo grupo MMM - Meninos e Meninas do Mar, o mais tradicional da cidade e que depois merece um post aqui somente sobre eles.
Nosso capitão Clayton no seu "Stand Up Paddle" que nos guiou até as Torres. |
Da esq. para dir.: Leonardo Arruda, Eu, Helga Pessoa e Victor Caracas |
sábado, 3 de dezembro de 2011
Diana Nyad enfrenta os demônios do mar
Diana Nyad é uma nadadora americana que tentou, por três vezes, fazer a travessia Havana (Cuba) - Florida (EUA), sendo duas delas após os 60 anos de idade. Grande exemplo de força de vontade e superação ela é a prova de que não há limite de idade para perseguir nossos sonhos.
Em 1975 bateu o record na volta ao redor da Ilha de Manhattan. Em 1978, com 29 anos de idade fez sua primeira tentativa da travessia (Cuba - EUA) porém, uma forte corrente e erros de navegação do barco que a estava acompanhando, levaram-na para o oeste rumo ao golfo do México e a tentativa foi abortada.
No mesmo ano Diana fez outra travessia das Bahamas a Flórida, um percurso com condições mais favoráveis do que a travessia Cuba - EUA. No total foram 102 milhas e 27 horas até conseguir chegar à costa da Flórida. Físico e, psicológico principalmente, colocados ao limite da capacidade humana mas naquele dia Diana saiu vencedora.
Após este grande feito Diana abandonou a natação e passou 30 anos sem dar uma só braçada. Em 2009, após completar 60 anos, decidiu que tentaria mais uma vez a travessia que não conseguiu na sua juventude: Havana - Flórida. Segundo Diana o seu corpo não é mais o mesmo mas sua mente é muito melhor do que quando tinha seus 29 anos. "Natação de longa distância não é um negócio para jovens" disse Diana ressaltando o esforço psicológico extremo que este esporte requer. "Natação de longa distância é o esporte mais solitário de todos" é outra frase dela, que somente aquele que nada, especialmente aquele que nada no mar, entende o seu significado.
Em Agosto de 2011, após muito treino e planejamento Diana mergulhou na marinha Hemingway, em Havana em direção a Key West - Flórida. Após 29 horas nadando Diana sofreu um ataque de asma e foi obrigada a desistir da travessia. Decepcionada, no mesmo ano, em Setembro, Diana fez uma nova tentativa e desta vez foi um encontro com águas-vivas que a impediu de realizar seu sonho deixando em seu corpo cicatrizes das queimaduras para que ela lembrasse pra sempre daquele momento. O ataque paralisou suas costas e sua respiração e graças a equipe de 25 profissionais e equipamentos que Diana levava consigo, o encontro com as águas-vivas não foi fatal. Algumas pessoas marcam o corpo com tatuagens, mas cicatrizes de queimaduras de água-viva não é todo mundo que tem. Você foi escolhido pela natureza. A história de Diana evoca personagens do mar como os do Herman Mevile do livro Moby Dick, essencial para nadadores do mar, o contramestre Starbucks, o capitão Acab e o marujo polinésio Quiqueq.
Em seu treinamento, Diana desenvolveu um método para manter sua mente ocupada enquanto nada: Decorou um repertório de 65 músicas que é aproximadamente um ciclo de 4 horas de braçadas ininterruptas que repete diariamente na piscina.
Diana promete outra tentativa de realizar seu sonho no próximo ano (2012). Vamos aguardar e torcer por esta pessoa que tem o sentimento e espírito que todo nadador do mar compartilha: O propósito não é a luta com o mar mas sim a integração com ele e com a natureza.
"Meu objetivo não é lutar com o mar, mas sim ser aceita por ele e respeitar suas regras."
Diana Nyad
Nos meus ínfimos 2.000m que nado atualmente e na minha simplória meta dos 3.000, sinto-me minúsculo ao lado desta gigante da natação em águas abertas, porém me identifico imediatamente através dos sentimentos, das dificuldades e da busca pelo desafio que o mar nos proporciona. Nadar no mar é entender o mar, é sentir-se inserido na natureza e ter a consciência que fazemos parte dela e se dar conta do quão bela e poderosa ela é e que devemos cuidar dela.
Diana jovem |
Em 1975 bateu o record na volta ao redor da Ilha de Manhattan. Em 1978, com 29 anos de idade fez sua primeira tentativa da travessia (Cuba - EUA) porém, uma forte corrente e erros de navegação do barco que a estava acompanhando, levaram-na para o oeste rumo ao golfo do México e a tentativa foi abortada.
Diana na volta da ilha de Manhattan |
No mesmo ano Diana fez outra travessia das Bahamas a Flórida, um percurso com condições mais favoráveis do que a travessia Cuba - EUA. No total foram 102 milhas e 27 horas até conseguir chegar à costa da Flórida. Físico e, psicológico principalmente, colocados ao limite da capacidade humana mas naquele dia Diana saiu vencedora.
Diana saindo do mar após a travessia Bahamas - Flórida |
Diana treinando no mar |
Em Agosto de 2011, após muito treino e planejamento Diana mergulhou na marinha Hemingway, em Havana em direção a Key West - Flórida. Após 29 horas nadando Diana sofreu um ataque de asma e foi obrigada a desistir da travessia. Decepcionada, no mesmo ano, em Setembro, Diana fez uma nova tentativa e desta vez foi um encontro com águas-vivas que a impediu de realizar seu sonho deixando em seu corpo cicatrizes das queimaduras para que ela lembrasse pra sempre daquele momento. O ataque paralisou suas costas e sua respiração e graças a equipe de 25 profissionais e equipamentos que Diana levava consigo, o encontro com as águas-vivas não foi fatal. Algumas pessoas marcam o corpo com tatuagens, mas cicatrizes de queimaduras de água-viva não é todo mundo que tem. Você foi escolhido pela natureza. A história de Diana evoca personagens do mar como os do Herman Mevile do livro Moby Dick, essencial para nadadores do mar, o contramestre Starbucks, o capitão Acab e o marujo polinésio Quiqueq.
Cicatrizes de queimaduras de água-viva Foto de Catharine Opie |
Diana promete outra tentativa de realizar seu sonho no próximo ano (2012). Vamos aguardar e torcer por esta pessoa que tem o sentimento e espírito que todo nadador do mar compartilha: O propósito não é a luta com o mar mas sim a integração com ele e com a natureza.
Foto de Catharine Opie |
"Meu objetivo não é lutar com o mar, mas sim ser aceita por ele e respeitar suas regras."
Diana Nyad
Nos meus ínfimos 2.000m que nado atualmente e na minha simplória meta dos 3.000, sinto-me minúsculo ao lado desta gigante da natação em águas abertas, porém me identifico imediatamente através dos sentimentos, das dificuldades e da busca pelo desafio que o mar nos proporciona. Nadar no mar é entender o mar, é sentir-se inserido na natureza e ter a consciência que fazemos parte dela e se dar conta do quão bela e poderosa ela é e que devemos cuidar dela.
Assinar:
Postagens (Atom)